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16 de mar. de 2012

Do céu ao inferno: Flamengo dá novo vexame na Libertadores

Quatro anos depois da acachapante derrota para o América do México por 3 a 0, que decretou a eliminação do Flamengo da Copa Libertadores de 2008, o torcedor rubro-negro voltou a presenciar um vexame da sua equipe jogando no Rio de Janeiro. Novamente, três gols tomados de forma inesperada na mesma competição e outra lembrança em comum daquela noite, no banco de reservas: o técnico Joel Santana. O bom público (26.830 pagantes) que compareceu ao Estádio do Engenhão parecia estar disposto a uma trégua com o time, após as vaias e xingamentos da partida anterior, na vitória ante o Emelec, do Equador. Ronaldinho, que vem sendo contestado, era incentivado na entrada do campo, assim como Vágner Love e o jovem Muralha. Mas um jogador que não estava em campo era candidato a ser um dos protagonistas da noite. Adriano era ovacionado, e os gritos de "o Imperador voltou" poderiam indicar para algum desavisado que o atacante que saiu do Corinthians nos últimos dias havia acertado seu retorno à Gávea. Mas a festa para um dos heróis do título brasileiro de 2009 apenas ratificava a vontade que a maioria da torcida rubro-negra demonstra em contar de novo com o problemático jogador. A escalação ofensiva de Joel Santana, com volantes que sabem sair jogando (Muralha e Luiz Antônio) e dois armadores (Thomás e Botinelli) abastecendo o ataque formado por Ronaldinho e Vágner Love indicava que o Flamengo partiria para cima do time paraguaio. Foi o que aconteceu, só que o time esbarrava na boa retranca armada pelo Olimpia. O jogo era truncado até que, no final da primeira etapa, Vágner Love fez boa jogada individual e colocou o argentino Botinelli na cara do gol. O gringo abria o marcador e os caminhos do Flamengo na noite. Na volta do segundo tempo, o Flamengo conseguia encaixar os passes, e um personagem que vinha sendo coadjuvante nos últimos jogos voltou a ser protagonista. Ronaldinho jogava bem novamente, com belos passes e até mesmo arrancadas que lembravam - bem de longe - seus áureos tempos no Barcelona. No meio, o camisa 10 tinha o auxílio do jovem volante Luiz Antônio, que também se destacava. Numa boa jogada da promessa rubro-negra, Vagner Love saiu na cara do gol, e acabou sofrendo pênalti do goleiro Martín Silva. Ronaldinho bateu bem, e ampliou o placar para 2 a 0. O time deslanchou na partida, e dominava completamente o Olimpia. Aos 18min, Ronaldinho deu passe magistral, olhando para um lado e tocando para outro, e colocou Luiz Antônio na cara do gol. O volante chutou forte e colocado no canto, fazendo 3 a 0. O Flamengo seguiu jogando bem e criando boas jogadas, e a liderança isolada do Grupo 2 era uma certeza para todos que estavam no Engenhão. A torcida não parava de festejar. Nem mesmo o gol de falta de Zeballos, que acabara de entrar, parecia abalar essa convicção. Eram 31min do segundo tempo, e o gol parecia ser um lampejo do Olimpia. Mais do que um esboço de reação do time paraguaio, o gol pareceu iniciar uma pane geral no time do Flamengo. Joel Santana colocou seu xodó, o atacante Negueba, no lugar do meia Thomás. Depois, ele explicaria que tentou usar a velocidade dele para jogar nas costas do lateral do time paraguaio, tentando o contra-ataque. O tiro acabou saindo pela culatra. O Flamengo não conseguia segurar a bola, e o Olimpia passou a pressionar. Aos 38min, Luis Caballero driblou o zagueiro chileno González e chutou da entrada da área, diminuindo para 3 a 2. A apreensão tomou conta do Engenhão, e a torcida - que até então apoiava - começou a se impacientar. Como o próprio Joel disse após o jogo, era hora de o Flamengo pegar a bola, "furá-la" e acabar com o jogo. Ficou, no entanto, assistindo a reação do time paraguaio. Cinco minutos depois, o argentino Maxi Biancucchi, ex-Flamengo, fez boa jogada individual e tocou para Marin, que chutou forte para decretar de vez o fim da festa rubro-negra: 3 a 3. Daí para o fim do jogo, o Flamengo mal acertava uma jogada, e as vaias, a exemplo da semana passada, voltaram a ser uma espécie de trilha sonora no Engenhão. Desta vez, Ronaldinho foi poupado e Negueba e o técnico Joel Santana passaram a ser os grandes alvos dos flamenguistas. "Dizem que tem certas coisas que só acontecem ao Botafogo. Mas em matéria de derrotas inexplicáveis, o Flamengo é especialista", dizia um torcedor, na saída do estádio. Na entrevista após o jogo, um atônito Joel tentava passar calma e, sem sucesso, explicar as causas de outra derrota improvável do Flamengo na Libertadores. Foi quando a lembrança de 2008 veio à tona por meio de um repórter que o treinador saiu do sério. "Não aguento mais isso. Até quando você vai me castigar? Não respondo mais essa pergunta. Vou ficar sendo castigado até agora? Tem que dividir um pouquinho as responsabilidades. Aconteceram muitas coisas naquele jogo que você não sabe. Aqui é outra história, é outro jogo. Relaxamos", afirmou. A história e o jogo podem ser outros. Mas o que os incrédulos torcedores rubro-negros passaram na noite de ontem não foi muito diferente do vivido há quatro anos, na mesma competição.

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